segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Ei, seu filhote de louva-a-deus!
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Rua Capitão José da Luz, 87
Veja como
ela ficou antes
Já comentei sobre essa árvore semana passada,quando a estavam cortando, mas não tinha tido oportunidade de mostrar imagens do ocorrido.
Recapitulando: uma árvore da espécie Terminalia catappa- conhecida popularmente aqui no Recife como "Castalhola"ou "Coração de Negro" - , foi removida da calçada em frente a um imóvel na rua Capitão José da Luz (ver indicação em vermelho na fotografia aérea do Google Maps).
É possível perceber, comparando as imagens, a copa frondosa que possuía a árvore e o que sobrou da mesma, antes de sua total remoção do passeio público.Isso aconteceu na sexta-feira da semana passada, oito dias atrás.
Liguei para a Brigada Ambiental, que é uma espécie de polícia ambiental vinculada à Guarda Municipal da Prefeitura do Recife. Informei o ocorrido e na mesma tarde em que fiz a denúncia, fui informado que após uma visita ao local, a brigada constatou que os responsáveis pelo imóvel tinham uma autorização e que a remoção estava sendo feita pela própria prefeitura.
Aparentemente a remoção se deu para deixar a área de calçada do imóvel livre para o acesso de carros ao estacionamento (fato infelizmente, muito comum na nossa cidade).Falei "aparentemente", porque o pessoal da brigada não soube explicar o motivo, só disseram que o corte estava autorizado.O imóvel está em reforma e no local vai funcionar um escritório de advocacia, segundo informou um flanelinha da área. O curioso é que antes já havia funcionado outro escritório de advogados exatamente no mesmo endereço, sendo que estes parecem nunca terem se incomodaram com a árvore.A brigada informou que a prefeitura vai "repor", replantar, outra árvore nas proximidades. Deviam sim, fazer um plantio mais generoso, haja visto a pequena quantidade de área verde nas calçadas daquela via.
Outra curiosidade: A árvore foi cortada e ficou no estado que pode ser visto na foto, da sexta-feira da semana passada (21/10) até última quarta-feira(26/10), cinco dias depois. Os troncos e galhos ficaram espalhados pela calçada durante esse período, dificultando o acesso de pedestres. Em geral, quando isso acontece na frente da casa de um cidadão comum, o mesmo é responsabilizado pela retirada dos entulhos e multado, caso não o faça. Já a prefeitura pode demorar, porque ninguém vai multá-la mesmo...
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Curso de cultivo ecológico de hortas e jardins em pequenos espaços
A próxima turma do curso acontecerá dia 29/10 (sábado).
Venha aprender a cultivar de forma ecologicamente correta
TEMPEROS, FLORES, HORTALIÇAS E FRUTÍFERAS
Em casa e pense na possibilidade de ter
A seu alcance flores e alimentos saudáveis,
Livres de adubos químicos e agrotóxicos,
Além de lhe proporcionar
Uma bela atividade terapêutica.
HORÁRIO: das 9h às 12h (aula teórica) das 13.30h às 16.30h (aula prática)
R.Manoel de Carvalho, 93 - Aflitos (por trás do clube Náutico)
VALOR: R$ 100,00
Contato:
Simone Miranda
Especulação imobiliária quer destruir Santuário dos Pajés, em Brasília/DF
Em 2007 em um ato de legalidade duvidosa, o governo do DF vendeu a área para construtoras edificarem um novo bairro classe média alta, o chamado Setor Noroeste, ignorando completamente a reserva e a dignidade das famílias que moram na região;Desde então uma briga judicial, cercada de controvérsias e suspeitas de corrupção vêm se arrastando, sem que seja adequadamente divulgado pela mídia local. Antropólogos, estudantes e sociedade civil organizada, acampam na área atualmente e tentam de todas as formas divulgar o que está acontecendo."
[ André Trindade, via Facebook ]
Veja o documentário "Sagrada Terra Especulada", que narra um período de lutas contra o Setor Noroeste, bairro de alto luxo que a especulação imobiliária do Distrito Federal tenta construir a qualquer custo:
http://vimeo.com/28597529
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Menos árvores, com autorização da Prefeitura do Recife
em obras.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Grafitagem para protestar contra cortes de árvores.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Assine a petição e ajude a salvar o Edifício Caiçara!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
"Macacada" municipal, estadual e federal
Imagens retiradas
do Jornal do Commercio
de 15 de setembro
de 2011.
Clique nas
imagens para
ampli-a-las.
Então, pra
que existe
IBAMA se
a sua opinião
não é levada
em consideração?
Eu já havia comentado aqui - há mais de dois anos - sobre o absurdo que é, manter os 45 animais silvestres (quantidade informada em matéria do Jornal do Commercio) no Parque 13 de Maio,
em pleno centro do Recife. Quem quiser conhecer os motivos da minha revolta, basta clicar aqui e ver o post publicado em fevereiro de 2009.
Resumindo, eu me referia basicamente ao lugar inapropriado para essa finalidade, o tal parque, situado numa das áreas de maior movimento do centro do Recife. Lá, os animais são submetidos a poluição sonora (de automóveis, ônibus, motos e até eventuais shows religiosos, com altos
decibéis), poluição do ar, assédio de visitantes que nem sempre são observados/monitorados por funcionários do parque.
Agora com esse episódio do macaco Chico, que ficou foragido por cerca quatro dias, ficou constatado que além de falta de conforto, também falta segurança para aqueles animais. Segundo matéria publicada no jornal citado no início desse texto, comenta-se que falta até mesmo cuidados adequados por parte de tratadores, veterinários, etc.
Outro problema que ficou visível nos dias em que o animal esteve solto, foi o desprepado do poder público para esse tipo de situação, através dos órgãos que se envolveram na tentativa de capturar o primata. Despreparo e falta de interatividade entre alguns setores da administração pública.
Em dado momento, os bombeiros não fizeram a captura porque não chamaram a empresa de energia para cortar a eletricidade que comprometia a segurança dos mesmos. Em outro, não contou com a ajuda da companhia que controla o trânsito para fechar o acesso a uma rua e evitar que o macaco pudesse ser atropelado, numa tentativa de funcionários do IBAMA de capturá-lo no solo.
A veterinária do parque, por sua vez, além de não saber da existencia da Brigada Ambiental - policia especializada da guarda municipal - que tambem poderia ser acionada, ainda teve uma idéia que podia por em risco a vida do animal: misturar tranquilizante à comida do animal poderia fazêlo cair quando estivesse dormindo em uma árvore.
Pra fechar com chave de ouro e desmoralizar os profissionais que "cuidam" dos animais do parque, o bichinho acabou sendo capturado com a ajuda de uma uma antiga frequentadora do parque e amiga" do chico, a manicure Girlene Maria da Silva, que o atraíu ( e traiu?) chamando-o pelo nome e oferecendo-lhe pipoca.
Outro fato que me deixou de cabelo em pé, foi essa revelação, publicada no jornal de que os animais estariam mantidos naquele parque há tempos, sem a autorização do IBAMA (cadê a "moral"do IBAMA?)! Quando eu publiquei o meu post, em 2009, cheguei a conversar informalmente com uma pessoa do IBAMA e a mesma me disse que aquele órgão não retirava os animais do parque, porque não tinham lugar para onde enviá-los e mantê-los em segurança e conforto, já que os mesmos não tem mais condições de voltar a viver em liberdade, no seu habitat natural.
Considerando os fatos que ocorreram na semana passada, podemos imaginar que além disso, existe falta de interesse político para arranjar um lugar decente para os bichos.
Talvez se algum vereador ou deputado propusesse uma emenda que permitisse que os bichos votassem, quem sabe os políticos não olhassem pra eles com mais "interesse", digo, carinho e até mesmo respeito? Merecer, eles merecem.
Clique aqui para ler "on line", matéria no blog da colunista
Verônica Falcão, do Jornal do Commercio.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Ganância versus Cultura
nas fotos
para
ampliá-las.
Clique aqui para assinar a petição contra a demolição do Edifício Caiçara.
Crédito das imagens:
As fotos acima foram postadas por Tatty Queiroz Cavalcanti integrante do grupo, no facebook.
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Clonagem de Ipês gera polêmica.
Clique na foto
para ampliar
a imagem, ou
aqui para ler
a matéria na
versão on line
do Jornal
do Commercio
Recentemente essa matéria publicada no Jornal do Commercio
(Recife/PE), chamou atenção pela divulgação de uma técnica
desenvolvida por profissionais do Centro de Tecnologias
Estratégicas do NE (Cetene), onde biólogos fazem uma espécie
de clonagem para reproduzir em larga escala uma determinada
espécie arbórea em laboratório.
A matéria causou polêmica quando divulgada por mim em alguns grupos de discussão sobre árvores, grupos onde participam desde estudantes até professores e especialistas de diversas áreas, como engenheiros florestais, agrônomos, biólogos,etc.
Na verdade a polêmica foi em dose dupla.
A primeira crítica foi em relação a criação de fragmentos de florestas
"homogêneas", sem diversidade genética.
Os especialistas chamam atenção para a importância de se ter várias espécies diferentes num reflorestamento, e que até as da mesma espécie sejam geneticamente diferentes.
Segundo Isabelle Meunier, engenheira florestal e professora da UFRPE, isso não se trata de uma opinião pessoal, mas sim de uma verdade científica conhecida em projetos de restauração de florestas.
A outra crítica foi com relação a espécie escolhida para a clonagem e posterior replantio. Ainda segundo o jornal, a espécie seria "rara" e "nativa de mata atlântica". No entanto, a espécie que foi divulgada na matéria (Tabebuia pentaphylla), na verdade é um Ipê Rosa proveniente da América Central, sendo portanto, uma espécie "exótica", que é muito utilizada em paisagismo de ruas e praças urbanas, pela sua beleza e capacidade de crescimento rápido (fonte: site Árvores do Brasil).
O que a primeira vista poderia causar uma boa impressão ou mesmo
massagear o ego dos pernambucanos por mais uma conquista ciêntífica,
na verdade acaba por ajudar a despertar um olhar mais crítico sobre
a necessidade de se encontrar uma maior adequação entre os avanços
tecnológicos e a funcionalidade/racionalidade no uso final dos mesmos.
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quarta-feira, 27 de julho de 2011
"Teje presa", dona árvore!
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Prefeitura repõe árvores em rua do centro do Recife
O antes
e o depois
do replantio
e da nova
calçada.
Muda de
Senna siamea
com o gradil
de proteção
característico
da prefeitura.
Clique nas imagens para ampliá-las.
A prefeitura do Recife cumpriu com a promessa de "replantar"
as árvores que removeu da rua Bispo Cardoso Ayres e refazer
a calçada. As árvores haviam sido retiradas por estarem
comprometendo a passagem dos pedestres pela calçada,
danificada pelas raízes de dois Sombreiros (Clitoria fairchildiana)
e uma Castanhola (Terminalia Catappa). Esse assunto foi
tema de outra postagem aqui no blog. Para ver/rever, é só
clicar aqui.
Foram plantadas 4 (quatro) mudas de Senna siamea,
espécie exótica muito usada em arborização urbana, que tem
como características o rápido crescimento e é tida como uma
espécie que não provoca quebras exageradas nas calçadas.
Ainda falta substituir a ávore que foi removida da
rua Oluveira Lima, em frente ao IPHAN, assunto que
também foi comentado neste blog (clique aqui para saber).
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quinta-feira, 9 de junho de 2011
Dicas para viver mais e melhor
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Árvores no meio da rua? Como assim?
Duas Mangueiras e um Cajazeiro dão o tom bucólico ao ambiente.
As árvores vistas e um lado e do outro da rua.
O trecho que possui a maior parte das moradias não foi fotografado,
mas é composto apenas por casas, na maioria com agradáveis jardins,
com flores e árvores frutíferas.
Clique nas imagens para ampliá-las.
Nos meus passeios de bicicleta pela cidade descobri essa charmosa rua no bairro de Casa Forte (Recife/PE) onde árvores que ocupam o traçado da rua foram respeitosamente mantidas onde estavam.
Quem sabe um respeito pela constatação de que elas já eram as "donas do pedaço" bem antes das pessoas chegarem por lá? Ou mesmo pela sabedoria do bem estar que essa convivência tranquila poderia trazer aos moradores daquela rua. Ou as duas coisas, somadas ao amor incondicional pela natureza, que felizmente, muitas pessoas ainda conservam.
Em tempos que moradores de rua mandam cortar raízes ou mesmo árvores inteiras pelos motivos mais banais que possamos imaginar, é realmente uma benção constatar que existem pessoas que não se incomodam em ter árvores não apenas nas calçadas, mas... literalmente "no meio da rua".
Parabéns aos felizardos moradores desta rua, a qual eu nem conheço o nome e que - nem precisava dizer - é o meu sonho de consumo!
:)
PS.
Eu acho que os moradores poderiam fazer uma reinvidicação de tombamento, visando a preservação daquelas árvores junto a prefeitura. Afinal, a especulação imobiliária já chegou por ali. Bem perto dessa rua, já em fase de acabamento, tem um condomínio residencial horizontal - sim, pois é proibida a construção de prédios altos nauquela área - e as nossas amigas árvores podem entrar na mira das construtoras.
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sexta-feira, 29 de abril de 2011
De chapéu-de-sol aberto pelas ruas, eu vou...
Terminalia
catappa.
Foto retirada
do site.
Texto de Isabelle Meunier*.
Versão integral do texto publicado
na revista "Mon Quartier", Ano 2 nº20.
* A autora é engenheira florestal
e profª da UFRPE.
Passado o Carnaval, seria extemporânea uma crônica tratando de frevos antigos ou saudando a sombrinha, símbolo do passo bem marcado do frevo... Esse artigo também não trata de moda, mesmo que se deseje comentar a crescente frequência das sombrinhas nas ruas de Recife e não só delas: cada vez mais há turbantes, echarpes e chapéus criativos desfilando nas ruas de Recife, muitas vezes improvisados ou substituídos por bolsas levadas nas cabeças, cadernos portados sobre as testas e outras tendências de verão.
Em um rápido percurso entre a Torre e o Espinheiro, na tórrida hora do almoço, observei recentemente a diversidade de estratégias que nosso povo tem adotado para poder circular a pé na cidade. Uma senhora, na carona de uma bicicleta, envolveu na cabeça um surrado casaquinho, com certo efeito de véu mulçumano. Um casal de idosos compartilhava uma sobrinha enquanto uma jovem senhora desfilava seu chapéu de praia. Entre inúmeros outros conterrâneos que não podem ou não querem gozar do frescor do ar condicionado do carro, alimentado pela queima de combustível fóssil.
Nossa tropical Recife sempre foi calorosa... e quente! Mas nunca tanto assim, dizem os mais velhos. Pelo menos quanto ao sol abrasante, tem-se a certeza: ele nunca nos esquentou com tanto ímpeto. A verdade é que, se o velho Sol continua o mesmo e Recife não mudou sua latitude, muita coisa piorou no ambiente da cidade. Árvores se foram dos quintais, das praças, das calçadas. Caminhar nas ruas de Recife é desafiar muito mais do que automóveis estacionados, buracos, portões eletrônicos que avançam sobre as calçadas, postes e orelhões desalinhados, desníveis, correntes e outros monstrengos: é se submeter ao calor infernal, potencializado pelas emissões dos veículos, por paredões sufocantes e pelas grandes extensões impermeabilizadas. Tudo isso sem a proteção generosa das copas das árvores, a cada dia reduzidas por podas absurdas, pela remoção desnecessária ou mesmo pela queda das árvores, resultado da tradicional falta de cuidados básicos e de monitoramento.
O sol que cria, purifica e energiza pode se tornar um grande incômodo e um perigo à saúde dos habitantes de uma cidade que nega espaço às árvores. Esse tormento é sentido todos os dias por quem caminha nas ruas e criativamente buscam formas de se proteger e, observando essa tendência, podemos prever que indumentárias de beduínos dos desertos podem ser bem aceitas no próximo verão. Mas o que precisamos, mesmo, é de árvores. Árvores em praças de verdade, em parques que precisam ser criados, em calçadas - largas o suficiente para pessoas e árvores - e em jardins da casas e prédios. Precisamos de árvores para suportar a cidade que esquenta, para permitir que as pessoas andem com conforto, desafogando o trânsito que enerva a todos e simplesmente não nos leva a lugar algum. Precisamos de árvores para humanizar a cidade e devolvê-la aos cidadãos.
A árvore Terminalia catappa, que ilustra esse post também é conhecida popularmente
como CHAPÉU DE SOL, Castanhola, Coração de Negro.
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segunda-feira, 11 de abril de 2011
Comedor de folhas
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Alí na esquina
segunda-feira, 4 de abril de 2011
ÁRVORES x CALÇADAS x PESSOAS
As três árvores
tiveram suas copas
drasticamente
reduzidas. De uma
delas, só restou
mesmo o trnco.
CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIÁ-LAS.
Se a intenção dos moradores do prédio da rua Oliveira Lima em frente à sede do IPHAN (bairro da Soledade - Centro), era dar mais visibilidade ao prédio para valorizar o imóvel, eles podem até ter conseguido. Afinal de contas, o referido prédio antigo ficava meio escondidinho, por trás das belas e frondosas copas das árvores que foram radicalmente"podadas".
Mal dava pra perceber o charme dos painéis de cerâmica assinados pelo artista Francisco Brennand.
Mas... será que quem vai chamar mais atenção não são as ex-árvores que, se brincar, moram alí há mais tempo? Afinal, a cena que se vê quando se passa é uma paisagem das mais feias. É uma cena de destruição, de desapego e desprezo à tradição das ruas mais antigas do centro do Recife.
Talvez o maior charme dessa rua fosse justamente o "tunel" formado pelas copas das imensas árvores distribuídas ao longo da via, cuja sombra filtra o por vezes incômodo sol escaldante com o qual o recifense convive. Infelizmente, parte desse "túnel verde" foi destruído.
A: Desnível da rampa de acesso
do estacionamento do prédio.
B: Desnível que podia ser corrigido
pelo condomínio.
Segundo fiquei sabendo, o corte das árvores (sim, a solicitação foi para cortar/erradicar) foi motivado porque as árvores estariam quebrando a calçada, queixa das mais frequentes por parte das pessoas que reclamam desses vegetais. Alguém teria levado um tombo na calçada. A culpa? Das árvores é claro, de quem mais?
Resolvi ir até o local para fazer o registro fotográfico da destruição e, para a minha surpresa, não constatei nenhuma irregularidade no piso da calçada que justificasse a remoção das árvores. Como pode-se ver nas fotos, existe até um poste, que está mais próximo do muro do prédio do que as árvores.
Será que também solicitaram da companhia de eletricidade a remoção do poste? Duvido. Até mesmo porque "postes", apesar de serem apenas objetos, para as pessoas que tem medo de árvores eles devem ser mais humanos, porque foram inventados por pessoas.
Já as árvores são seres independentes, que crescem, mudam de tamanho, desprendem frutos, folhas, flores, que caem e sujam as ruas. Os postes estão sob o nosso controle. Mesmo que eles atrapalhem o passeio, são só postes. As árvores sim, são inimigas, porque desafiam o nosso egoísmo.
O que sobrou
do Ficus.
Será que não
dava mesmo para
as pessoas caminharem
nesta calçada?
O que vocês acham?
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
A árvore do céu e da terra
Clique nas
imagens para
ampliá-las.
Muda de
Craibeira na
entrada do
restaurante.
O pessoal do restaurante Macrobiótico Céu e Terra
já tinha desistido de esperar que a prefeitura
plantasse uma muda de árvore na sua calçada.
Segundo fui informado, eles ligaram mais de uma vez
para o número que eu lhes indiquei ( 156 ), que é o
telefone que a prefeitura do Recife disponibiliza
para esse tipo de solicitação, para depois encaminhar
os pedidos aos setores competentes (neste caso, a EMLURB).
Já funcionou comigo, por isso eu sempre indicava.
Até mesmo o pessoal da sementeira da EMLURB
(que é quem faz o plantio), prefere que as pessoas
usem esse número, ao invés de solicitar da própria
sementeira.
Foi aí que lembrei eu que tinha umas mudas de Craibeira
(Tabebuia caraiba) e oferecí uma para que eles mesmos
pudessem plantar uma árvore na frente do restaurante.
O resultado está aí nas fotos.
A muda não possui o tamanho ideal para o plantio
em calçadas de áreas urbanas de muito movimento (como
é o caso daquela região), mas vamos torcer para que com
a proteção e o cuidado que ela está recebendo, possamos
ter mais uma árvore adulta dando sombra e uma bela floração
bem no centro da cidade.
Parabéns a Albanita e Elias do restaurante Céu
e Terra pelo bonito gesto!
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Podas da prefeitura desafiam o bom senso
Percebam que não existe fiação sobre o que restou do Oitizeiro acima
(Licania tomentosa). Então, qual seria a razão para a mutilação?
Os buracos na calçada são os locais onde ficavam outras três árvores.
De copa frondosa,
esta árvore
(possivelmente
uma Cassia grandis)
dava ótima sombra,
além de uma bela
floração.
Ficou resumida
a alguns "gravetos"
final de semana.
[ CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIÁ-LAS ]
A prefeitura do Recife realizou no último final de semana, a remoção de três árvores na calçada de um prédio na rua Bispo Cardoso Ayres, no Bairro da Boa Vista*, região central
do Recife/PE.
A remoção teria sido motivada pelo fato das raízes das árvores estarem destruindo a calçada e dificultando (em alguns trechos impossibilitando mesmo) a passagem de pedestres.
Uma delas - um Sombreiro (Clitoria fairchildiana) - além de destruir a calçada, estaria condenado por ter o interior de seu tronco em estado de decomposição, o que podia ser constatado ao observar-se as toras amontoadas sobre a calçada após a sua remoção).
Um outro sombreiro foi derrubado, sem aparentar nenhum problema no seu cerne.
A outra, uma Castanhola (Terminalia Catappa), que não teria problemas de saúde, foi removida apenas para viabilizar a reconstrução da calçada, uma vez que as suas enormes raízes superficiais não poderiam ser cordadas, sob o risco de comprometer a sua sobrevivência/sustentação e/ou provocar um acidente, com risco de danos materiais ou humanos.
Conversei com a técnica que supervisionava o serviço no segundo dia (domingo).
Muito simpática, além de me dar as explicações que eu relatei acima, ela me contou que a idéia da prefeitura é de reconstruir a calçada e fazer o plantio de mudas em substituição as árvores que foram removidas.
Ela disse ainda, que deveriam plantar árvores de espécies que não possuam raízes que quebrem calçadas e de médio para grande porte, pois naquele lado da calçada não existe fiação elétrica.
Fiquei pensando que seria bom se fizessem o mesmo na calçada da Construtora ROMARCO, na rua José de Alencar, de onde arrancaram 3 (eu disse três) castanholas recentemente (clique aqui para saber mais).
Ver árvores sendo removidas, mesmo que o motivo seja preventivo ou para fazer reparos urbanos, é sempre triste (que o digam os taxistas que fazem ponto na Bispo Cardoso Ayres e os funcionários/as da empresa CONTAX que faziam seus lanches à sombra daquelas árvores).
Tão triste (ou mais) que ver as árvores serem removidas, é ver as que são podadas. Isso porque as "podas" que a prefeitura do Recife vem fazendo nos últimos anos (através da empresa terceirizada ENGEMAIA), desafia a compreensão de qualquer cidadão comum e até mesmo de especialistas, como engenheiros florestais e agrônomos, com os quais eu já tive a oportunidade de conversar e ouvir seus relatos de indignação. Isso porque a prefeitura e a ENGEMAIA deixam muitas árvores completamente "peladas" com um mínimo de galhos e quase nenhuma folhagem. A impressão que se tem é a de que tiraram a vida da árvore mesmo deixando seu tronco de pé.
Posso estar enganado, mas para um leigo como eu, a impressão que fica em alguns casos é que o serviço foi feito por pessoas não qualificadas.
Essa poda "radical", aconteceu com as únicas árvores (do mesmo trecho da rua) que foram poupadas por não apresentar riscos à calçada: Um antigo Oitizeiro (Licania tomentosa), que no meu entender foi "criminosamente podado" e uma outra árvore (que eu acho se tratar de uma Cassia grandis - ver foto) que nem na calçada ficava, e sim no jardim de um prédio residencial que fica em frente a empresa CONTAX.
Infelizmente estou sem câmera para registrar o ocorrido, mas quem quiser conferir o que eu estou falando e constatar a brutalidade das podas, é só passar pela rua Bispo Cardoso Ayres, a rua da faculdade ESUDA e da empresa
CONTAX (antigo Bompreço da Boa Vista).
As árvores, ou que que sobrou delas, estão na frente do estacionamento da referida empresa de telemarketing, do outro lado da rua.
Quem quiser ter uma idéia de como são feitas as podas da prefeitura do Recife clique aqui. A máquina trituradora que se vê nas fotos também foi usada nas podas do último final de semana. As folhas trituradas são usadas para fazer "compostagem", ou seja, transformá-las em adubo orgânico. Talvez isso explique a quantidade excessiva de galhos que são removidos.
______________
* apesar da maioria das pessoas chamarem aquela área de Boa Vista, na verdade a rua faz parte de um bairro chamado Sloedade.
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