quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ciclovias: tá na hora do discurso ocupar as ruas do Recife.



































A melhor forma de colaborar com alguma coisa pela qual se quer mudar, é apresentando propostas.  Muito se tem falado em melhorar a mobilidade urbana do nosso Recife, sendo que na maioria das vezes o discurso acaba não saindo do papel - ou das redes sociais. 


Na contramão dos que se concentram em apenas criticar as poucas (e ruins) iniciativas governamentais na área da mobilidade urbana, encontramos o escritório do arquiteto Cezar Barros, que vem apresentado com certa freqüência através da imprensa, alguns projetos "viáveis". São alternativas que, se executadas, possibilitariam a criação de espaços de convivência entre ciclistas, pedestres, automóveis  e ônibus. E o mais interessante, é que foram pensadas como projetos de baixo custo de execução.  Ao invés de se "construir" ciclovias, o projeto propõe o aproveitamento das faixas de carros existentes para a demarcação de ciclofaixas e ainda incluir larga arborização ao longo dos percursos, o que acabou batizando a iniciativa com o nome de "Ciclofrescas".


Eu acho que diante da falta de interesse político em transformar a nossa cidade em um lugar melhor de se viver, essa proposta surge como um desafio aos nossos gestores,  que agora tem diante de si uma alternativa viável e barata, para dar os primeiros passos na inclusão das bicicletas e transformá-las em um modelo de transporte seguro para a nossa cidade - porque práticas e saudáveis (para as pessoas e para o meio ambiente), todos reconhecem que elas são. Não tem mais desculpas.


Clique aqui para ler a matéria publicada no Jornal do Commercio sobre as ciclofrescas que serão implantadas na zona norte da cidade.


O assunto já foi comentado em abril, aqui neste blog.






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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vandalismo do bem





















Alguém que se preocupa em defender as nossas árvores é mais que bem vindo por aqui. Por aqui  e em qualquer lugar do mundo, eu acrescentaria. Dia desses tive o prazer de receber uma visita pra lá de especial no meu blog. O visitante em questão é o criador do blog Curitibano "Vândalo Verde", que ao contrário do que poderia indicar o nome, o blog - e o seu responsável - , praticam um vandalismo ao contrário, um vandalismo "do bem". 

A proposta do blog é oferecer um espaço para discutir uma nova política para a preservação das nossas áreas verdes. Uma política mais justa, imagino eu, diferente da que vem sendo praticada pelos nossos poderes públicos. Uma política que ajude a preservar as árvores das nossas cidades, com um monitoramento e manutenção eficazes, com uma fiscalização mais rigorosa e atuante, nos casos de depredação e danos que possam vir a causar a diminuição das nossas áreas verdes e também, uma política que dê as costas para solicitações de cortes de árvores por motivos banais.

Navegando pelo Vândalo Verde, acabei descobrindo que o seu fundador, o Carlos Eduardo Andersen, teve a idéia de criar o blog enquanto estava acorrentado a uma paineira para tentar evitar o seu corte. O impressionante é que a árvore seria cortada a pedido de uma moradora, por um motivo bem banal (as flores e as painas sujavam o chão). E mais impressionante ainda é que os técnicos da prefeitura de Curitiba-PR autorizaram o corte da árvore, que estava no local há mais de 70 anos, antes mesmo da vizinhança (humana) chegar por lá.








Carlos Eduardo Andersen, 
criador do blog Vândalo Verde, 
virou notícia no país 
ao se acorrentar a uma paineira
em Curitiba. 









Depois de virar notícia em rede nacional de televisão e impedir a derrubada da árvore, o nosso herói recorreu a justiça e conseguiu um laudo de uma engenheira florestal da UFPR que deu parecer favorável a árvore, indicando que a mesma está saudável, não oferece risco à rede elétrica ou de esgoto e ainda reúne características para ser tombada (preservada) como patrimônio natural de Curitiba.

Parabéns ao Carlos Eduardo por seu ato corajoso e pela criação do blog "Vândalo Verde".

Recomendo a leitura do blog a todos(as) que se interessam pelo assunto. As cidades podem ser diferentes, podem estar separadas por quilômetros de distância, mas os problemas nessa área, infelizmente, são bem parecidos, como mostra a matéria que ilustra esta postagem, que você pode ler clicando aqui ou na imagem no alto. Que outras iniciativas como esta se multipliquem pelo Brasil afora.



Fontes: