quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O crime ambiental nosso de cada dia





É assim
que a maioria
moradores
do Recife
"cuidam" das
nossas
árvores.






[ texto e fotos de Isabelle Meunier * ]


Plátano (Platanus) é um gênero de árvores nativas do hemisfério norte, muito conhecidas por integrarem a arborização das principais cidades européias. Quem sonha em passear nos boulevards de Paris ou nas Tulleries, sabe que terá os grandes plátanos como cenário, muito bem cuidados e, dependendo da época do ano, com diferentes nuances de cores e formas.

Já em Recife, cidade menos afeita às árvores, o nome Plátano foi dado a um edifício residencial nas Graças. Um sensível morador, há alguns anos, plantou na calçada do prédio seis mudas de felício. Fez sem autorização da prefeitura e não adotou o espaçamento recomendado, é verdade. Também não foi dada a condução adequada, mas as árvores cresceram bem e, apesar de apresentarem esgalhamento muito baixo, tornaram-se belas e vigorosas.


















Isso até julho do ano passado, quando foram inteiramente depredadas, a mando do condomínio (5 delas, na verdade, uma "escapou", mereceu talvez a misericórdia dos condôminos...). Recentemente, mutiladas, mostravam novas folhas quando, não satisfeitos, os dendrófobos do Plátano (que ironia...) ordenaram uma nova mutilação nas árvores (?), ainda mais mal feita do que a primeira, tentando, talvez, transformar os pobres felícios em arbustos deformados, com copas densas e geométricas.























O resultado está nas fotos aqui mostradas. Crime ambiental, pois se trata de depredação do patrimônio público. O serviço municipal, que não se deu conta do plantio, que não procedeu as podas de condução necessárias (para elevar, e não rebaixar as copas), que nada fez após a primeira poda, provavelmente não fará nada agora e dos felícios restaram seres deformados, irremediavelemtne prejudicados na sua estrutura e sanidade...









Veja a localização
das árvores












Clique aqui para ver como é a aparência dessa espécie de árvore
em bom estado de saúde.


* Isabelle Meunier é Engenheira Florestal e Profra. da UFRPE.


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2 comentários:

izabel disse...

André, aqui no Edf. Castanhola, rua do espinheiro, 201, o então síndico, biólogo, professor universitário, fez ainda pior: "cortou a mal pela raiz". Cortou as raízes de arvóres imensas!e ao que parece nada aconteceu com ele apesar de a brigada ambiental ter vindo aqui no momento do "crime"

Geraldo Henrique disse...

É... pelo visto ja estão vendendo ar puro nos shoppings da nossa cidade. Pois "ABATER A MACHADADAS" nossas árvores é o caminho inverso de um país que quer ser primeiro mundo, sem cuidar sequer de seu meio ambiente.