terça-feira, 29 de setembro de 2009

Plantar árvores nem sempre é bom.




Foto
retirada
Portal
Eco Debate







Não, eu não enlouqueci :)

Não estou me referindo só as árvores
urbanas que são plantadas sem o devido
cuidado ou conhecimento (que espécie plantar,
aonde, etc). E sim, às monoculturas de árvores
que podem oferecer risco ao meio ambiente
e até já ganharam um dia internacional contra
esse tipo de plantio. A data foi comemorada
no último dia 21, data em que também
se comemora o dia da árvore no sul/sudeste
do Brasil.

No mundo inteiro, milhões de hectares de terra produtiva estão sendo transformados rapidamente em desertos verdes, apresentados sob o disfarce de “florestas”. As comunidades locais são deslocadas para deixar o caminho livre para intermináveis fileiras de árvores
idênticas
–eucaliptos, pinus, dendezeiros, seringueiras, jatrofas e outras espécies- que deslocam a maioria de outras formas de vida da área.

Leia mais sobre o dia internacional contra
a monocultura de árvores no Portal Eco Debate,
clicando aqui.

Outro link sobre o assunto:
http://www.wrm.org.uy/plantaciones/RECOMA/DiaPort.html



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2 comentários:

Georges disse...

Entendo que monoculturas de qualquer tipo podem gerar problemas ecológicos. Mas também são uma necessidade. Precisamos de livros e papel higiênico. Assim como de soja. Vendo um terreno vazio no entorno da ciade de SP podemos imaginar uma fábrica de carros, um condomínio de luxo ou uma floresta de eucalípto. As produção de papel próximo aos grandes centros com suas florestas também próximas ajuda a absorver o carbono das cidades e diminui a pressão por madeira de florestas nativas. Hoje vemos matas nativas sendo derrubadas para produzir carvão para siderurgia, assim o carro começa a impactar a natureza muito antes do motor dele ser ligado. Acho isso mais importante de ser combatido.

Georges disse...

Respondendo sua pergunta se sou contra qualquer manifestação contra monocultura de árvores. Essa é uma pergunta capciosa. Ocorre que podemos dizer que monoculturas são ruins para a natureza, mas cidades também são. Se todos morassem em prédios altos o homem ocuparia menos espaço e poderia sobrar mais espaço para preservar a natureza. Toda atividade humana impacta a natureza, é um fato. Assim acho que a ação ambiental tem que selecionar causas para defender, pois no limite deveria combater a espécie humana como um todo. Então não considero a monocultura de árvores um grande problema. Alguns consideram que a monocultura de árvores usa áreas férteis que poderiam ser usadas para plantar alimentos. Nesse sentido a plantação de fumo, café, cana-de-açucar, uvas vinícolas, também poderiam ser questionadas. Mas o fato é que hoje no mundo não há falta de alimentos, há falta de dinheiro para comprar alimentos e isso é outra coisa. Qualquer brasileiro que tem dinheiro pode comprar o alimento que precisa. Não teríamos falta de alimentos mesmo que o poder aquisitivo da populaçào dobrasse. Isso é bem diferente da Europa dos anos 50 onde havia escassez de alimentos real. Mesmo que a pessoa tivesse dinheiro, não havia para comprar. A produtividade da agricultura mundial hoje é muito grande. O problema maior hoje ( enão sei se isso se manterá assim em 2050) é que muitas pessoas não conseguem produzir com seu trabalho o suficiente para comprar comida. O combate a monocultura de árvores é um equívoco de entendimento da economia. Mais importante hoje é criar empregos, e dar educação para que as pessoas possam se inserir na sociedade. A prova disso é que a China é a maior produtora de papel do mundo e alimenta seu povo todo, que não é pequeno. A China aumentou o poder aquisitivo da sua população imensamente nos últimos 20 anos, aumentando a demanda por alimentos exponencialmente, e mesmo assim, ainda não vemos falta de comida. O combate a monocultura de árvores é muitas vezes estimulado por plantadores de árvores de outros países que vêem no Brasil um grande concorrente. A cadeia de produção da madeira dessas plantações gera mais emprego que muitas outras culturas como o café ou o feijão. Podemos lembrar também que a monocultura de árvores além disso é uma grande captadora de co2. Podemos falar também de esgotamento do solo, que outra crítica que se faz. O manejo correto de uma monocultura de árvores evita aproximação de rios e nascentes, preservando as fontes de água. Mas o manejo correto tem que ser realizado, para evitar outras consequências, e por isso muitos plantadores sérios criam selos e certificações para distinguir o produto deles. Agora, claro que sou contra a substituição de matas nativas por monocultura de árvores ou qualquer outra monocultura, pois acho que ainda não esgotamos as áreas existentes já desmatadas para destruirmos novas áreas.
Acho ruim no Brasil que se buscam bodes-expiatórios errados para os problemas pois somos levados facilmente por grupos de interesse.
Movimentos para fixar o homem no campo é um dos que muitas vezes equivocadamente querem resolver o problema de trás para frente. Fico imaginando quando os carros se tornaram comum se movimentos de criadores de cavalos obrigassem cada proprietário de carro a manter um cavalo para preservar o emprego dos criadores de cavalos.
Espero que tenha conseguido me fazer entender.
OBS. Não sou vinculado de forma alguma a nenhuma empresa de monocultura de árvores, apenas estudei o tema por conta própria.