Uma das fotos recebidaspor e-mails,na semana passada.
O frutodo baobá,também conhecidopor múcua.Foto: Ana
Virgínia Franca
A foto queeu mesmofiz, em janeirodeste ano,de dentro do estacionamentodo Papa-Capim.
Semana passada circulou um e-mail com essas belas fotos,de um baobá que "se esconde" atrás do estacionamentodo restaurante Papa-Capim, alí na altura da Ponte d'Uchôa,no bairro das Graças, à margem do poluído Rio Capibaribe.Ele fica tão escondido, que eu mesmo só o haviadescoberto por mero acaso, graças a minha curiosidadede ciclista, sempre me embrenhando pelos recantos dos bairros.
O e-mail citado chama a atenção dos cidadãos/ãs e das autoridades governamentais do município, para a importância de pôrem prática (isso mesmo, executar) um projeto de requalificaçãodaquela área, que poderia muito bem ser valorizada, transformando-seem praça ou em um outro espaço público de convivência, tendo como atrativo principal o antigo, imponente e belo baobá.
Quem sabe talvez o próprio restaurante PAPA-CAPIM poderia tomar a iniciativa investindo nos fundos do seu quintal onde mora o baobá, tornando-o um atrativo a mais tanto para os seus frequentadores, como para atrair novos clientes, além de criar uma imagem pra lá de positiva com a comunidade (algo do tipo "árvore adotada...").
Com relação à outra reinvidicação feita no mesmo e-mail, segundo fui informado pela engenheira florestal e professora da UFRPE,
Isabelle Meunier,
a referida árvore já se encontra tombada, ou seja, protegida por lei de quaisquer depredações e/ou derrubada. Mas, assim como a maioria da população desconhece a existência do baobá, um mal feitor pode não se dar contada existência da lei. Ainda segundo a professora e ambientalista,
"um incêndio atingiu o baobá há anos, ocasionado por um morador de rua que se abrigava no seu ôco, e nunca se fez a restauração ou qualificação do espaço do entorno, embora eu já tenha ouvido falar em projetos a respeito... É algo muito simples, basta se ter a intenção e a ação, mas nós não vemos isso com frequencia!".Um abaixo assinado está sendo distribuído para coletar assinaturasde pessoas que simpatizem com a idéia de proteger o baobá, parasensibilizar as autoridades ou mesmo a iniciativa privada, no sentidode realizar alguma obra que valorize o local, podendo transformá-loem atrativo tanto para os moradores, como até mesmo para turistas,afinal, se não me engano, Pernambuco parece ser o estado brasileiroque reúne a maior quantidade de árvores desta espécie no nosso país (a
Adansonia digitata L. é originária da África).
Quem quiser, pode fazer o
download do modelo de abaixo assinado fornecido pelo grupo que está organizando esse movimento (arquivo word), clicando
aqui para coletar o máximo de assinaturas possível.
Depois de preenchidas,
as folhas podem ser entregues na Farmácia Pirâmide (Rua Viscondessa do Livramento 174, Derby - a rua do restaurante Hakata) em nome de Ana Virgínia
ou na portaria da Fundação Joaquim Nabuco do Derby (nesta segunda opção, colocar as folhas num envelope escrito "Baobá - entregar a Luiz Felipe Botelho"), de onde serão encaminhadas para os responsáveis pela oficialização do pleito.
O prazo para entrega das assinaturas é até o dia 16 de outubro.
Vamos ajudar? Não custa nada coletar umas assinaturas. Afinal, não é só de Parque Lindu chapa-quente (abandonado) e de Cirque du Soleil destruidor de árvores que vivem os anseios dos recifenses. Vamos mostrar que a população também se preocupa com seu patrimônio natural.
Saiba mais sobre esta árvore, no site da FUNDARJ (clique
aqui).
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