segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O queijo de coalho e a hipocrisia nossa de cada dia




Ainda sobre a camisa protesto contra o não-parque Lindu.

Algumas pessoas acusaram meu protesto de vulgar.
Atire a primeira pedra que não falou "ah, vá tomar no C*..."
pelo menos umas 10 vezes neste ano que se encerra.
Mesmo que só em pensamento. Tipo, você acabou de
passar horas tentando cancelar uma assinatura de celular,
ou foi cortado abruptamente por um ônibus no trânsito,
ou um carro jogou lama de propósito quando você tentava
atravessar a rua, etc.

Algumas dessas pessoas que chamaram meu protesto
de vulgar até frequentam a concentração do bloco Quanta Ladeira,
no carnaval do Recife. Soube (nunca frequentei) que a maioria das
versões de músicas conhecidas que são cantadas durante
a apresentação do bloco tem no orifício anal parte integrante
e importante das letras das músicas. Nunca achei que
as pessoas que passam a tarde gritando cu pra lá
e cu pra cá, no Quanta Ladeira fossem vulgares.
Só achava isso muito queijudo, pra usar uma
expressão pernambuquês muito comum na minha infância 1.

Enfim, somos então, todos, sem excessão, vulgares.
E viva a vulgaridade assumida!

Abraços a todos/as e feliz natal :-)


1. Queijudo/a:
Vem de: tirar o queijo.
Quando o menino ainda não tinha tido experiência sexual,
dizia-se que ele ainda não tinha tirado o queijo, que era
um queijudo. Depois isso ficou sendo usado pra designar
pessoas com atitudes infantilizadas.
.

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