sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Reciclagem : Ontem, Hoje, Sempre















"O livro acima conta a história do descarte de lixo e da reciclagem
no mundo e traz informações como a primeira manifestação referente
à limpeza pública no Brasil, e outros pontos curiosos, como a origem
do termo 'gari', o surgimento do símbolo da reciclagem (as mundialmente
conhecidas três setas retorcidas), o nascimento do conceito de
reciclagem, as mudanças na composição do lixo mundial, entre outros
dados. O autor traça ainda uma linha do tempo que começa no ano de
2100 a.C. – quando os egípcios tinham o hábito de coletar e enterrar
o lixo das pessoas mais ricas – e chega até 2008, ano em que o Brasil
atinge a marca de 12% de lixo urbano reaproveitado, tornando-se assim
um dos líderes mundiais em reciclagem."

Fonte:
Envolverde.


A obra Reciclagem – Ontem, Hoje, Sempre
poderá ser adquirida pelo site oficial do CEMPRE
ou pelos telefones 11 3889 – 7806 / 8564,
por R$ 80,00.


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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um banho de plástico!





















Ou: Designers versus plastificação.

Quem se preocupa com reciclagem, já deve ter visto na internet
ou em panfletos distribuídos por aí, uma lista dos materiais que podem
ou não, ser reciclados.
Entre os materiais que não podem
ser reciclados está o Papel Plastificado!
Se você não sabia disso, clique aqui.

Pensei então em convocar os designers conscientes e preocupados com o meio ambiente,
a fazer a nossa parte,evitando ao máximo indicar esse tipo de acabamento emnossos projetos
e também a fazer um trabalho de conscientizaçãojunto aos nossos clientes e fornecedores (gráficas), caso estes insistam em usar esse tipo de material.Acho que até as (ainda tão em moda) "laminaçõesfoscas", que usam uma fina película plástica,podiam ser evitadas.
Poderíamos reduzir as plastificações à materiais que tivessem vida útil mais longa,
que pudessemser reutilizados, ou do tipo que as pessoam guardam comosouvenirs, como bottons, por exemplo.

Pensei em propor também uma campanha solicitando esclarecimentos aos fabricantes de produtos industrializados sobre o por que de os mesmos ainda usarem acabamento de plastificação em produtos como embalagens de sabonetes, por exemplo. Com o descarte
destes produtos, a fina película de papel se decompõe e o que sobra é apenas o plástico,
que ainda vai demorar um tempo razoável para se decompor.

Voltando a questão do designer como voluntário nessaguerra mundial contra o uso indiscriminado do plásticoem produtos industrializados: E se pudéssemos contar coma colaboração das associações de designers e publicitáriosespalhadas pelo país fazendo campanhas educativas na tentativade conscientizar os fornecedores, os veículos de comunicaçãode massas, designers, diretores de agências, de arte, enfim,todas as partes envolvidas na produção desses produtos"ecologicamente incorretos" (se é que poderíamos chamá-los assim)?

Eu acho que podemos fazer a nossa parte sim.
E aí? Quem estaria disposto a abandonar
um "capricho de designer" em prol de
um mundo mais limpo?
Muitas vezes as pessoas nem param pra pensar
no que estão fazendo e nem percebem
que podem reprogramar o seu "piloto automático".
Vamos acordar! :-)

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Feira dos 3R`s : uma boa surpresa.













Parabéns a ASPAN
pelo evento!


A feira estava realmente muito bacana.
Tinha muitos produtos úteis e bonitos,feitos a partir de materiais reciclados.


Me chamou atenção em particular, algunsobjetos feitos com tampinhas de garrafasPET,
como cestos de roupa ou lixeiras,que podiam mt bem ser vendidos em lojasde objetos de decoração para descolados,como tok & stok ou Imaginarium :-)

Passei por lá no final da manhã do domingo,depois de ser surpreendido por uma forte chuvaquando me dirigia ao local com meu veículoecológico (minha bike :-). A impressão que ficoufoi de que o evento deve ter tido uma boavisitação, de um público realmente interessadono assunto, pois, havia uma certa movimentação,apesar do horário (perto do meio-dia) e do local.Aquela área é afastada de qualquer outro fluxode pessoas e não havia nada mais acontecendono entorno, além da própria feira dos 3R`s e da montagem de barracas de uma outra feiraque deveria acontecer no período da tarde (quepode ter levado um público mais heterogêneoao local).



Reciclagem de produtos eletrônicos:
Saí de lá feliz da vida por ter descoberto queum sujeito, um dos expositores, faz reciclagemde sucata eletrônica! Isso mesmo. Aquelesequipamentos de informática ou eletrodomésticosque não funcionam mais e que você não sabe ondedescartar. Muitos perdem a paciência e acabamfazendo isso no lixo comum mesmo. Aí, lá vão asimpressoras Epson, os telefones velhos e as tvscom tubos de imagem queimados para o lixão daMuribeca ou para os nossos rios e canais fluviais.
Pois bem. Esse sujeito envia esse materialpara o Japão, onde lá, a indústria aproveitao cobre e outros materiais presentes nas placasde circuito impresso (onde são montadas as peçasdos componentes eletrônicos/digitais) e reciclamcolocando "novas" placas à disposição dessaindústria de eletro-eletrônicos. O plástico, quereveste esses produtos e dá a aparência formaldo design dos produtos como os vemos nas vitrinesdas lojas, também é encaminhado para locais quereciclam essa matéria prima.

Só ficou uma dúvida:
Me pareceu que ele só aceita doações. Ou seja,pessoas físicas como eu, ou empresas que tenhamesse lixo guardado, podem entrar em contato com eleque, dependendo da quantidade, ele vai até o locale recolhe o material doado. Mas eu acho que elepoderia estimular também pessoas de baixa renda acoletar esse material e receber alguma remuneração por isso, como é feito com os catadores de papelão,lata, etc., além de receber doações de empresáriose de pessoas de classe média. Isso possibilitaria mais uma fonte de renda para essas pessoas,além de ajudar a diminuir a quantidade de material queé descartado em rios e canais pela população das favelas e também por pessoas de classe média sem educação ambiental ou doméstica.

Quem se interessou por este serviço de reciclagem de sucata eletrônica, continue visitando este blog Plante Árvores, que em breve será divulgado aqui,o contato do responsável pela coleta.



E vamos reciclando...




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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Crônica de uma violência autorizada






Clique na imagem
ao lado para vê-la
maior.













Texto e fotos por Fabianna Freire Pepeu*
Edição de fotos por Plante Árvores.


Recife - Foi nesta sexta-feira (31-10-2008), que bem poderia ser uma sexta-feira 13e - pra isso - basta alterar a ordem dos números, que o bairro de Boa Viagem ficou ainda mais pobre.Mais pobre porque, afinal, sinal de riqueza não são altos prédios que impedem o vento de circularou o sol de fazer o seu trabalho. Nem muito menos possuir um enorme centro comercial onde se podecomprar de tudo, inclusive o que não se precisa para viver.


O fato é que, ainda zonza com o barulho doloroso e irritante de uma motoserra, me apressei em ligarpara a Brigada Ambiental, que me deu a seguinte informação: se a árvore estivesse num terreno privado, nada poderia ser feito. Era triste, disse a funcionária-ambientalista, mas, pela legislação, apenas em áreas públicas era possível atuar, exceto quando se tratasse de árvores tombadas etc e tal.

De longe, eu não tinha certeza da nada. Mas acreditava que tudo aquilo devia ser coisa das grandes construtoras, que não se cansam de apostar que, um dia, vão finalmente ocupar todos os espaços vazios do mundo e fazer um imóvel que toque no céu.


Desolada, desliguei o telefone e segui para o local do crime:Rua Compositor Ataulfo Alves, uma das poucas silenciosas do bairro de Boa Viagem, provavelmente por ter apenas casas (algumas já transformadas em estabelecimentos comerciais) e ser uma rua sem saída.


No meio do caminho, encontrei um senhor de uns 60 anos, alto, forte e com o uniforme da Prefeitura do Recife, que me disse o seguinte:Alguns moradores chamaram a Empresa Municipal de Limpeza Urbana(Emlurb) porque as árvores estavam ameaçando algumas casas e também em função dos crimes.


Faz sentido fazer uma "poda radical", que é nome que os técnicos utilizamquando o corte é violento, em duas frondosas amendoeiras que coloriam o céu da cidade. Quem precisa de árvores com 30, 40 metros de altura? É necessário reduzir, no mínimo, à metade. E, assim, foi feito.


Árvores são seres perigosos que caem em nossos telhados e derrubam nossas casas. Também são responsáveis - por intermédio de suas folhagens - por darem abrigo a criminosos em fuga.

Quem sou eu para questionar o parecer dos engenheiros da Emlurb? Estudei pouca física, lido apenas com cálculos básicos de matemática, e não conheço a logística de fuga dos criminosos urbanos.


O que sei é que, a cada queda de um pedaço do tronco das amendoeiras,eu sentia uma dor no peito,vontade de chorar e uma grande impotência. Pelo chão, centenas de milhares de folhas, galhos,os frutos da amendoeira,ninhos, restos de sombra.


Daqui, ainda escuto o som da motoserra fragmentando o imenso tronco-mãeda árvore maior. Tudo é colocado num caminhão azul e levado mortopara não-sei-onde. Agora, a luz do dia já se foi e também um bocadoda minha esperança no mundo.

Vejam mais fotos
da poda radical
da Rua Compositor
Ataulfo Alves
clicando nos links
abaixo:

Foto 1: Pra que cortar tanto?
Foto2:
Os pedaços. Será fogueira de festa junina?
Foto3: A motossera



*Fabianna Freire Pepeu é escritora, jornalista
e minha amiga :-)





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